De acordo com a Agência Brasil, ao longo do período desde 2001, o grupo conhecido como Brics viu sua participação na economia global mais do que triplicar, saltando de 8% para valores significativos. Conforme apontado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), nesse mesmo intervalo de tempo, a influência do G7 recuou consideravelmente, diminuindo de 57% para 43%. No entanto, essa expansão não se mostrou uniforme. Nos últimos dez anos, as economias da China e da Índia experimentaram um crescimento médio anual de 6%, em contraste com o aumento de 1% ao ano nos PIBs do Brasil, Rússia e África do Sul.
O atual contexto da 15ª reunião dos Brics é marcado pela tensão gerada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, bem como pelo plano chinês de permitir a ampliação do grupo. Contudo, o bloco ainda não divulgou uma lista dos países interessados em aderir ao Brics. Foi apenas comunicado que aproximadamente 40 nações manifestaram interesse, e nos últimos dias, começaram a circular listas paralelas com 18 candidatos. A decisão de incluir novos membros e a possibilidade de expandir o acrônimo Brics requerem o consenso dos atuais cinco integrantes.
Além dos aspectos relacionados à integração financeira, a colaboração dentro dos Brics proporciona oportunidades para o aumento do comércio entre seus membros. O Brasil, por exemplo, exporta diversos produtos como alimentos, minérios e tecnologias de extração de petróleo. Por outro lado, a busca por uma maior integração oferece ao país acesso privilegiado a minérios raros e tecnologias emergentes desenvolvidas pela China, como painéis solares, baterias de longo armazenamento, veículos elétricos, 5G e inteligência artificial.
Adicionalmente, o Brasil também está bem posicionado para se beneficiar dos recursos naturais e energéticos da Rússia, bem como dos produtos farmacêuticos e serviços de tecnologia da informação da Índia, e dos minérios tradicionais, como ouro, platina e diamantes, provenientes da África do Sul. (Fonte: Agência Brasil)